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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O CONCEITO DE CAOS E ORDEM NO APRENDIZADO DE IDIOMAS

Tudo na criação é energia, já que tudo é feito de átomos, e o átomo nada mais é que uma cápsula de energia. O pensamento é também uma manifestação de energia, e a palavra é a condensação do pensamento na forma sonora.

Todo que se inicia na criação passa pelo que se pode chamar de processo do caos.

Veja a concepção humana: milhões de espermatozóides correm freneticamente para o óvulo. Depois que um deles o fecunda, começa um processo de divisão de células, que parece impossível que aquilo poderá se tornar um ser humano. Mas se torna. Porque do aparente caos, surgiu a ordem.

Com idiomas o processo é o mesmo. Quando não conhecemos o idioma, tudo parece ser um caos total. Nós não vemos a ordem que existe ali. Para que essa ordem seja estabelecida neste caos, é preciso conhecer os fatores que o compõem e como podem ser ordenados.

A exposição ao idioma, mais do que o estudo do idioma, dá ao observador a capacidade de compreender seu funcionamento, e assim, começar a desenvolver diálogos rapidamente. Uma vez que já se conhece o mecanismo do idioma, bastará agregar o vocabulário para que a fluência se desenvolva, utilizando para isso material didático de apoio.



QUAL É O PROCESSO PELO QUAL APRENDEMOS IDIOMAS?

A mente humana, ou melhor, o cérebro humano trabalha no automático, ou seja, você não precisa dar ordens ao seu cérebro. Ele executa suas funções sem sua intervenção. Mas você pode interferir em algumas destas funções. Por exemplo, aquela palavra que está na ponta da língua, mas que você não lembra por mais que se esforce. Depois, quando você não precisa mais dela, você se lembra. O que acontece é que as palavras estão na nossa memória permanente, e quando forçamos a mente para lembrar de alguma, estamos na verdade acessando a memória temporária, ou superficial, onde esta palavra não está mais. As palavras ficam nesta memória somente no momento em que a aprendemos, depois que a fixamos, ela fica na permanente. O que acontece é que nós tentamos executar uma tarefa que pertence ao cérebro.



DEIXE SEU CÉREBRO TRABALHAR POR VOCÊ

É função do cérebro coordenar, depurar, organizar, armazenar e processar toda informação recebida através dos sentidos. É um erro, portanto, tentar entender um outro idioma, ou memorizar o vocabulário. É preciso deixar que o cérebro faça seu trabalho.

Quantas pessoas você conhece que iniciaram e jamais terminaram diversos cursos de inglês? E ainda dizem “eu nunca vou aprender essa língua...”. Vai aprender quando deixar que cada um execute sua função. A função do ser (pessoa, consciência, espírito, ou como quer que se queira) é fazer as escolhas. A função do corpo é reagir a essas escolhas. O corpo cumpre sua função com perfeição. Já o ser... Nós queremos aprender no lugar do cérebro, queremos processar conscientemente toda informação recebida, queremos memorizar vocabulário, e eu faço a seguinte pergunta: COMO FOI QUE VOCÊ APRENDEU O PORTUGUÊS?

Todo ser humano aprende seu primeiro idioma sendo exposto a ele. Nós aprendemos a falar por que ouvimos as pessoas falando ao nosso redor. No princípio, aquele falatório é apenas ruído, barulho sem sentido algum. Com o tempo, começamos a distinguir os sons que se repetem. E passamos a repeti-los. O falatório já não é mais ruído, conseguimos distinguir os diferentes sons, percebemos que existem palavras, que são ligadas por “coisinhas” menores, que depois saberemos que são conjunções, preposições, artigos e etc. Esse reconhecimento do idioma é muito importante, pois sem isso, aprender a falar seria muito mais difícil. É o que acontece quando vamos aprender um segundo idioma. Não sabemos o que são palavras e o que são “coisinhas”. Tudo é ruído. E então teremos: verbos, pronomes, preposições, artigos, palavras; tudo junto, não como forma de comunicação, mas como elementos separados que devem ser aprendidos e a partir daí teremos que usá-los para formar uma frase. Quando erramos ouvimos: “neste caso, você usou um pronome relativo para indicar uma relação de posse. Está errado.” E dizemos “ah, ta, entendi.” E pensamos “no que foi que eu errei mesmo ??? ”