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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Superando o sofrimento – a transmutação das trevas em luz

Sofrimento. Palavra que traz em si tudo o que expressa. E está presente na vida de todos os homens e mulheres que estão vivos ou que já passaram pela existência neste plano da vida. Uns sofrem mais, outros menos, mas não há um ser vivente que posse dizer: “nunca sofri nesta vida”.

A dor faz parte da vida na terra e é inerente a todos os seres vivos. O ser humano, por ser racional, traz um conjunto maior de dores, que são aquelas causadas pelas frustrações, desilusões, ciúme, inveja, e outros tantos sentimentos que só os seres racionais possuem. Os animais, que apresentam um pensamento primitivo e quase que totalmente instintivo, estão livres deste tipo de dor, pois não sentem inveja uns dos outros, conformam-se com suas próprias existências e suas dores. É... a evolução tem seu preço...

Mas qual a medida do sofrimento humano? Será que a dor que dói em mim, dói mais em mim do que em outros? Por que uns sofrem a mesma dor com mais intensidade do que outros?

O ser humano divide sua existência na terra em momentos de alegria e momentos de dor. Os momentos alegres são lembrados e festejados, os de dor lamentados. Mas é nos momentos de dor que sustentamos nossas vidas, pois estes momentos superam e ofuscam as lembranças felizes.

Quando alguém perde um ente querido, geralmente revive com mais intensidade o momento da perda do que todos os momentos que estiveram juntos e foram felizes. E quando recorda os bons momentos, é com o pesar da ausência que o faz, estendendo a dor da perda para as recordações que deviam ser prazerosas, ou seja, leva a dor para onde antes havia alegria.

O ser humano dá mais atenção e gasta mais tempo sofrendo do que se alegrando. Quando estamos alegres, muita gente se sente culpada porque “tem tanta gente que sofre, como eu posso me alegrar?”, e quando estamos tristes, ou algo nos desagrada, damos uma força tão grande a este sentimento que, se toda essa energia fosse empregada em realizações, em trabalho, seríamos capazes de mover montanhas.

Transmutar sofrimento em alegria não é possível, mas é possível utilizar a energia do sofrimento como impulso para realizações. A dor como alavanca para conquistas.

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

RESGATE DO SAGRADO FEMININO

Acredito que nossa sociedade, digo sociedade humana, apesar de declarar-se uma sociedade patriarcal, pois é o homem quem dita as regras, é, na verdade, matriarcal. E dotada de hipocrisia e falsidade, declara-se patriarcal. É claro como água a que a responsabilidade social da mulher é muito maior que a do homem em nossa sociedade, independentemente da cultura. Mesmo nas culturas mais rígidas onde o papel da mulher se resume ao lar e aos filhos, é ela quem determina o caminho da próxima geração, pois é quem educa e ensina os filhos. É claro que ao fazer isso seguindo as determinações da sociedade “patriarcal” em que vive, a próxima geração será tão ignorante quanto a que a precede.

Nas nossa sociedade ocidental, que é mais flexível, mas ainda preserva traços preconceituosos e diminuidores em relação à mulher, podemos ver com mais clareza que quando a mulher é posta em seu verdadeiro lugar, as coisas fluem com mais leveza e têm resultado positivo. Explico melhor: “por trás de um grande homem sempre há uma grande mulher”.

Vamos deixar os termos “homem” e “mulher” de lado para não individualizar a coisa. O aspecto masculino da humanidade tem estado no comando do mundo há séculos, desde que as religiões patriarcais assim determinaram. Nas sociedades celtas, onde o domínio era matriarcal, tínhamos sociedades mais brandas e justas, e até mesmo a religião tinha como características básicas a liberdade e o amor. Vemos na própria natureza dos elementos que dita que o masculino é o elemento gerador e o feminino o elemento propiciador que o equilíbrio entre estes dois elementos é que faz com que as coisas aconteçam.

O elemento masculino é gerador (criador), expansivo e dinâmico, gera acontecimentos, transforma e movimenta. O elemento feminino é propiciador, agregador e estático.

O masculino vem para movimentar, transformar, mudar tudo, criar, é bélico por natureza, pois o que estiver na frente será destruído. O feminino propicia que tudo isso seja possível. Só é possível movimentar aquilo que está parado (estático); para criar ou fecundar é preciso um campo fértil; só se pode mudar o que permite ser mudado, e a permissividade é natural do feminino.

O masculino é presença, e assim sendo, nada mais comporta além de sua própria natureza. O feminino é ausência, e assim sendo, tudo comporta, tudo abarca, tudo aceita em si.

O masculino espalha, o feminino junta.

Desta forma vemos que as idéias pertencem ao masculino, e a organização ao feminino. Uma sociedade onde os homens têm as idéias e mulheres decidem o que fazer com elas e quais seriam usadas ou não, seria uma sociedade perfeita. Isto pode ser observado na natureza também. O fogo, por menos intenso que seja, queima. O vento, por mais fraco que seja, causa movimento. A água, sempre refresca e dá vida. A terra sempre dá o alimento.

Vemos isso também nas criações humanas. Vamos verificar duas das maiores criações da humanidade: a televisão e o automóvel. O elemento masculino no caso da televisão é a estação, que é quem cria e transmite o sinal. A programação da TV depende do que o telespectador quer assistir, então é o aparelho de TV que dita o que vai receber. E é claro, só existe a estação porque existe o aparelho.

O elemento masculino no caso do automóvel é o conjunto motor-câmbio, que gera o movimento e determina a potência. O feminino é o conjunto pneus-rodas, que propiciam que haja o movimento. Se você tirar o motor-câmbio do carro, ele ainda é capaz de se movimentar. Agora, se você tirar as rodas...